A mais vitoriosa das escolas de samba de seu bairro, o Ritmo da Liberdade foi, também, uma das mais tradicionais agremiações carnavalescas da cidade de seu tempo.
Surgida no início dos anos 60 com o nome de Marceneiros em Folia, agrupamento que reunia profissionais da marcenaria, estofaria e capotagem, entre outros foliões do bairro, fez sua estreia com o novo nome em 1968, no segundo grupo, em um desfile que contou com um samba-enredo do famoso compositor Zé Pretinho da Bahia (Antônio Pedro Beirão de Jesus) – o tema preparado pela escola batizada com as cores amarela, preta e branca foi “O 2 de Julho na Bahia”.
Iniciando sua trajetória no primeiro grupo em 1972, desfilou junto às grandes agremiações da cidade até 1982, ocasião em que dividiu o título com a coirmã Bafo da Onça – antes, vencera o tricampeonato entre os anos de 1978 a 1980.
Entre os temas levados à Avenida pela escola, foram apresentados exaltações à Bahia (“Bahia, samba e magia”, “Bahia linda” e “Independência da Bahia em duas etapas”, além do já citado “O 2 de Julho na Bahia”), referências a entidades do universo sagrado das religiões de matriz africana na Bahia (“Joãozinho da Gomeia, Rei da Magia” e “Lenda de Iemanjá”) e celebrações a personalidades históricas como Duque de Caxias e Castro Alves.
Além de Zé Pretinho, destacado cantor de rádio da época, compositores de grande valor, como Pretinho, Evilásio e Luiz Bacalhau, tiveram passagem pela agremiação nascida no tradicional bairro da Liberdade.
