O tão esperado título dos Filhos do Tororó com um samba-enredo de Ederaldo Gentil finalmente chegou em 1973, justamente em sua despedida do Carnaval baiano, quando a escola de samba azul, vermelho e branco homenageou o cinquentenário de Mãe Menininha do Gantois. Ao lado do letrista Anísio Félix, o “Poeta do Tororó” criou um samba-enredo que posteriormente se tornaria um clássico do gênero, sendo registrado com o nome de “In-lê-in-lá” no disco “Pequenino”, de 1976. Para chegar à Avenida e conquistar o primeiro lugar, no entanto, o samba da dupla teve que superar no concurso interno da escola uma “brasa” composta por Sidney da Conceição, Roque Fumaça e Baiano do Cabral, que também ganhou a quadra da escola – há quem diga que a força do nome de Ederaldo Gentil na agremiação foi decisiva na escolha do samba.
A força do samba em homenagem à famosa ialorixá baiana somada à bela apresentação dos Filhos do Tororó nas ruas da cidade fizeram com que não sobrasse muito espaço para os Diplomatas de Amaralina e a Juventude do Garcia no concurso e nas páginas dos jornais da cidade – na ocasião, as rivais trouxeram temas históricos “tradicionais”, sobre a “Consolidação da Independência da Bahia” (Diplomatas de Amaralina) e “A vida do Imperador D. Pedro I” (Juventude do Garcia).
Ainda gozando de relativo prestígio junto à imprensa escrita, as escolas de samba da cidade contaram com boa cobertura midiática, tendo os temas de todas as escolas que se apresentaram no certame apresentados nas páginas dos jornais.