Escola de samba que notabilizou-se por cooptar e abrigar passistas, mestres-salas e porta-bandeiras de outras agremiações, os Diplomatas de Amaralina tinham nos compositores do bairro de Nordeste de Amaralina seus mais destacados “pratas da casa”. Hamilton Lima era um desses sambistas da escola que não havia tido passagem anterior por outras agremiações, conquistando grande reputação junto à direção da escola.
Em 1971, o sambista desbancou Walmir Lima, compositor já consagrado em outras escolas como exímio criador de sambas-enredo, vencendo a disputa interna para a escolha do samba cujo tema era “Vila Rica do Pilar” – na ocasião, a agremiação de Nordeste de Amaralina sagrou-se tricampeã do Carnaval soteropolitano.
Depois disso, Hamilton Lima voltou a emplacar sambas-enredo na Diplomatas de Amaralina em duas outras ocasiões: em 1973, com “Consolidação da Independência do Brasil”, ao lado de Luiz Fernando Pinto; e em 1974, junto à dupla Luiz Fernando Pinto e Salvador Oliveira, quando levou às ruas da cidade o enredo que homenageou a obra “Casa Grande e Senzala”, do escritor e sociólogo pernambucano Gilberto Freyre.