V

Sambas-enredo
da cidade da Bahia

V

Registro de memórias

Samba-enredo

Samba, canto livre de um povo

Abre-se uma cortina colorida
Para mostrar toda uma vida
De encantamentos mil
Com os corações em alegria
A Juventude do Garcia
Apresenta a sinfonia do Brasil

Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô

Samba, canto livre de um povo
Vem Natal, vem Ano Novo
O samba continua a deslumbrar
Nesta linda melodia, colorida de alegria
Vamos exaltar

Modernas e antigas batucadas
Da inesquecível Praça Onze
Onde o nosso samba alcançou
Glória e projeção nacional
Vindo de um novo horizonte
Para o Brasil colonial
Glória aos artistas que levaram
O samba ao cenário universal

Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô

Donga, pioneiro dos sambistas
Salve, todos ritmistas
Dessa melodia imortal
Salve, o mês de fevereiro
Salve, o samba brasileiro
Viva o nosso Carnaval!

Áudio: Ederaldo Gentil

Faixa 8 do álbum “Sambas-Enredo da Cidade da Bahia”
Intérprete: Edil Pacheco

Um dos grandes momentos da Juventude do Garcia no Carnaval de Salvador ocorreu em 1970, quando a escola desfilou com o samba-enredo “Samba, canto livre de um povo”, de Ederaldo Gentil e Edil Pacheco. Naquele ano, rompido com os Filhos do Tororó, o autor de “O ouro e a madeira” teve suas criações cantadas por diversas agremiações da cidade, sendo o samba composto para a escola de samba do Garcia o que mais impactou o público presente na ocasião. Gravado pelo próprio Ederaldo Gentil em 1975, em álbum homônimo, “Samba, canto livre de um povo” é registrado aqui, pela primeira vez, por Edil Pacheco, contemplando um desejo antigo do compositor maragogipano. A inclusão do clássico samba-enredo neste trabalho configura-se como uma homenagem a Ederaldo Gentil, considerado o maior compositor de sambas-enredo da história do Carnaval da Bahia.