Era o início do século XVI
Quando aqui chegavam a bordo dos navios negreiros
Os negros que vinham acorrentados para serem castigados
Em pleno rincão brasileiro
Diante dos castigos que lhe davam
Os negros amargurados se conformavam
E dos seus senhores refugiavam
Nos matos moravam
Aí seus quilombos formavam
Unidos sonhavam com a liberdade
Ouvindo os conselhos do rei e seus conselheiros leais
Porque tinham terras para a plantação de um tudo
Além disso, era tudo para os negros prosperarem
Mas levantaram-se guerreiros de todas as tribos
Contra as forças holandesas, portuguesas e bandeirantes
E os negros causavam grande espanto
E protesto na imprensa e nas tribunas
Até que os filhos de escravos, a Princesa libertou
A princesa assinou, a princesa assinou
E os filhos dos escravos libertou
Os grupos abolicionistas conseguiram a Lei do Sexagenário
Os negros sorriram
João Alfredo e outros escravocratas
Apresentaram à Câmara os seus projetos de lei
Pela maioria eles eram apoiados
E foi grande dia da geral libertação
Mas era grande a ilustração
Uma nuvem de flores cobria o salão
E o negro jornalista, emocionado se curva
E beija sua mão
A Princesa chorou ao receber
A rosa de ouro que os negros ofereceram
Uma festa no Brasil
Há tempo exaltou os negros escravos
Que a qualquer cidadão se igualou
Áudio: Lúcio Nery Viana