Após ter se estabelecido no grupo principal das escolas de samba de Salvador e flertar com o primeiro lugar da disputa por alguns anos, o Ritmo da Liberdade finalmente conquista o título do certame promovido pela Prefeitura da capital baiana no Carnaval de 1978, interrompendo a hegemonia dos Diplomatas de Amaralina, que vinham de três conquistas seguidas. O enredo apresentado pela escola do bairro da Liberdade foi “Joãozinho da Gomeia, Rei da Magia”, voltando a trazer a figura de uma liderança religiosa do candomblé cinco anos depois de os Filhos do Tororó terem exaltado Mãe Menininha do Gantois na Avenida.
Segundo colocado naquele ano, os Diplomatas levaram às ruas da cidade “O Brasil é feito por nós”, de Renato Amorim e Edson Almeida – o samba-enredo é emblemático por ter sido gravado por Roque do Plá (o popular Roque Fumaça) no LP “O Brasil canta sambas-enredo”, que apresentou escolas de samba de todo o país.
Os Filhos do Tororó, àquela altura já às sombras de uma outra agremiação representativa do bairro, os Apaches do Tororó, celebrou suas bodas de prata apresentando o enredo “Dia de Festa – Tororó ano 25″.
No segundo grupo, a escola campeã também veio da Liberdade e, assim como o Ritmo, trouxe um tema do universo sagrado do candomblé para o desfile – naquele ano, “Homenagem a Oxum” foi o enredo escolhido pelos Filhos da Liberdade.
