A Juventude do Garcia foi a grande ausência do Carnaval de 1974, deixando de desfilar pela primeira vez desde que a disputa entre as escolas de samba foi oficializada pela Prefeitura de Salvador em 1961. A não participação da agremiação azul e branca do Garcia, embora tenha sido um fato totalmente inesperado para o público e para a imprensa carnavalesca, foi um indício do gradativo declínio desta tradição no Reinado de Momo soteropolitano, cada vez mais dominado pelos trios elétricos.
Em seu primeiro ano sem poder contar com a inspiração de Ederaldo Gentil, os Filhos do Tororó levaram à Avenida o enredo “Carnaval, fantástico show da vida”, com samba de Russo e Vicente de Paulo – com trânsito na indústria fonográfica, Roque Fumaça (já rebatizado de Roque do Plá) mais uma vez levaria seu samba-enredo derrotado na quadra aos estúdios, desta vez no LP “Samba de Montão”, lançado em 1975.
Grande destaque na imprensa também foi dado aos sambas-enredo “Casa Gramde e Senzala”, composto por Salvador Oliveira, Hamilton Lima e Luiz Fernando Pinto para os Diplomatas de Amaralina; e ao enredo “Bahia, samba e magia”, do Ritmo da Liberdade.
A escola da Liberdade era considerada a favorita para o título daquele ano, mas não é certo que a comissão julgadora tenha chegado a um veredito sobre o campeão do certame – até o momento da presente pesquisa, não foi possível localizar informações sobre o resultado da disputa, sendo levantada a possibilidade por alguns estudiosos de não ter havido julgamento na ocasião.