Criada em 1960, a Escola de Samba do Politeama foi uma das primeira agremiações da cidade a ter sido concebida – assim como os Ritmistas do Samba – já em formato de escola de samba, diferentemente de outros tradicionais agrupamentos como Juventude do Garcia e Filhos do Tororó, que surgiram como charanga e cordão, respectivamente.
Em seu primeiro carnaval, no ano de 1961, quando iniciaram-se os concursos oficiais de escolas de samba promovidos pela Prefeitura, o Politeama não realizou uma apresentação que impressionasse positivamente a comissão julgadora, perdendo o título para os Ritmistas do Samba. É digno de nota o destaque dado à escola no período pré-carnavalesco pela imprensa carnavalesca, quando os principais jornais da cidade noticiaram que o agrupamento sairia às ruas cantando o samba-poesia (equivalente baiano ao samba de terreiro carioca) “Temos que garantir”, de Carlos Nascimento, em um indicativo de que nos primeiros desfiles de escolas de samba ainda não se apresentavam nas ruas sambas-enredos.
Campeã do Carnaval em 1963, a Escola de Samba do Politeama foi competitiva na primeira metade dos anos 60, decaindo progressivamente até alcançar o segundo grupo e enrolar a bandeira no ano de 1971, quando sequer se apresentou, ainda que estivesse inscrita na competição.
Os sambas-enredo “Abolição da Escravatura” (de 1965), e “O Casamento de Luis XV” (1967) ganharam destaque na mídia, embora os autores das composições não tenham sido identificados. Um dos grandes nomes do samba da capital baiana que teve passagem pela escola foi Almir Ferreira, o Almir do Apache, criador do samba-enredo “Exaltação aos vaqueiros do Nordeste brasileiro”, de 1966.
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