A Juventude do Garcia foi a grande ausência do Carnaval de 1974, deixando de desfilar pela primeira vez desde que a disputa entre as escolas de samba foi oficializada pela Prefeitura de Salvador em 1961. A não participação da agremiação azul e branca do Garcia, embora tenha sido um fato totalmente inesperado para o público e para imprensa especializada, foi um indício do gradativo declínio desta tradição no Reinado de Momo soteropolitano, cada vez mais dominado pelos trios elétricos.
Em seu primeiro ano sem poder contar com a inspiração de Ederaldo Gentil, os Filhos do Tororó levaram à Avenida o enredo “Carnaval, fantástico show da vida”, com samba de Russo e Vicente de Paulo – com trânsito na indústria fonográfica, Roque Fumaça (já rebatizado de Roque do Plá) mais uma vez levaria seu samba-enredo derrotado na quadra aos estúdios, desta vez no LP “Samba de Montão”, lançado no ano seguinte.
Grande destaque na imprensa também foi dado aos sambas-enredo “Casa Gramde e Senzala”, composto por Salvador Oliveira, Hamilton Lima e Luiz Fernando Pinto para os Diplomatas de Amaralina; e ao enredo “Bahia, samba e magia”, do Ritmo da Liberdade.
A escola da Liberdade era considerada a favorita para o título daquele ano, mas não é certo que a comissão julgadora tenha chegado a um veredito sobre o campeão do certame – até o momento da presente pesquisa, não foi possível localizar informações sobre o resultado da disputa, sendo levantada a possibilidade por alguns estudiosos de não ter havido julgamento na ocasião.