O Carnaval de 1972 foi marcado por um episódio que ficou conhecido como “A Guerra do Samba”, envolvendo a Juventude do Garcia, campeã do certame, e os Diplomatas de Amaralina, que buscavam o quarto título seguido. A celeuma se deu pelo fato dos dirigentes da escola de samba do Nordeste de Amaralina – que naquele ano desfilou com o samba-enredo “As treze naus”, de Edson Almeida e Renato Bispo – não se conformarem com a derrota, denunciando uma possível “marmelada”.
Polêmicas à parte, a Juventude do Garcia foi à Avenida com uma linda composição de Walmir Lima e Jandir Aragão (“Exaltação à cultura nacional”), que naquele ano seria gravado em um compacto por Roque Fumaça, em um pioneiro registro de samba-enredo de uma escola de samba soteropolitana..
Outro samba-enredo daquele ano que também receberia um registro fonográfico foi “Festa da Integração Nacional”, criado por Ederaldo Gentil para os Filhos do Tororó. Com pequenas alterações na letra e um novo título “Dia de Festa”, a composição integrou o primeiro disco do compositor, “Samba, canto livre de um povo”, lançado em 1975.
À época, já se iniciava um declínio das escolas de samba no Carnaval de Salvador, com as tradicionais Ritmistas do Samba e Politeama fora da disputa, tendo já enrolado suas bandeiras. Neste ano, além da Juventude do Garcia, quem também conquistou um troféu foram os Calouros do Samba, da Barra, vitoriosos no segundo grupo.