Tricampeã no período de 1966 a 1968, a Juventude do Garcia, pela força do regulamento, foi impedida de buscar o tetra no Carnaval de 1969, apresentando-se como hours concours. Justificando a condição, e aproveitando para provocar as rivais e os organizadores do certame, a escola azul e branca desfilou, então, com o samba-enredo “Três anos de glória”, de Raimundo Nascimento. Sem a grande concorrente na disputa, o título ficou com os Diplomatas de Amaralina, que brilharam no Palanque da Praça da Sé com o samba-enredo “Epopeia de uma raça”, de Roque Fumaça.
O grande destaque daquele ano, no entanto, foram os Filhos do Tororó, que apresentaram o enredo “Jorge Amado em quatro tempos”, desenvolvido em um samba antológico de Walmir Lima (que superou na disputa interna, entre vários concorrentes, Ederaldo Gentil e Nelson Rufino). A despeito da perda da disputa para a agremiação do Nordeste de Amaralina, o samba-enredo foi imortalizado pelo próprio homenageado, em citação no romance “Tenda dos Milagres”.
É digno de nota, também, a atuação de Ederaldo Gentil nos Ritmistas do Samba, com o samba-enredo “Onze anos de samba e tradição”.
As 18 escolas que se apresentaram no Palanque da Sé naquele ano foram divididos em dois grupos. Na primeira divisão, concorreram Juventude do Garcia, Filhos do Tororó, Bafo da Onça, Filhos do Morro, Ritmistas do Samba, Diplomatas de Amaralina; ao passo que no segundo grupo, vieram
Calouros do Samba, Acadêmicos do Samba, Juventude da Boa Viagem, Filhos do Barbalho, Filhos da Liberdade, Ritmo da Liberdade, Juventude do Vale do Canela, O Abafa, Mocidade de Mangueira, Juventude da Cidade Nova, Juventude de Cosme de Farias e Politeama.
No certame das “pequenas” escolas, o título ficou com o Unidos do Vale do Canela, seguido d’O Abafa e da Juventude da Cidade Nova.
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